NOTA DE REPÚDIO À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E APOIO ÀS SUAS LUTAS.
O Movimento de Área de Estudantes de Ciências Sociais do Rio de Janeiro vem a público repudiar as prisões ilegais de 19 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ocorridas no dia 23 de maio de 2007, em Barra do Piraí, além de fornecer seu apoio irrestrito à luta mais que legítima desses militantes.
As prisões aconteceram de forma truculenta, como manda a cartilha cotidiana dos órgãos de repressão estatais, sem apresentação de ordem judicial, apenas alegando “formação de quadrilha” por parte dos manifestantes.
Os trabalhadores rurais permaneceram presos por quase vinte e quatro horas na Delegacia da Polícia Federal de Volta Redonda, após exercerem o Direito de Manifestação na “Jornada Nacional Por Nenhum Direito a Menos” e “Contra a Política Econômica Neoliberal”, sendo libertados às nove e quarenta da manhã de quarta-feira, 24 de maio de 2007.
A libertação dos trabalhadores só ocorreu devido à grande mobilização, solidariedade e apoio proveniente de várias organizações e movimentos, que pressionaram politicamente e manifestaram suas indignações com o episódio. Quando novamente em liberdade, os militantes reafirmaram seus compromissos de permanecerem na luta contra a Política Econômica Neoliberal, por Nenhum Direito a Menos e pela Reforma Agrária.
Movimento de Área de Ciências Sociais - Rio de Janeiro, 25/05/2007.
NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE
O Movimento de Área de Estudantes de Ciências Sociais do Rio de Janeiro torna público seu apoio irrestrito e solidariedade aos estudantes, professores e técnicos administrativos que ocupam a reitoria da Universidade de São Paulo há 22 dias. Reconhecemos a enorme importância dessa luta para a conquista dos direitos dos trabalhadores, estudantes e professores, tendo em vista o estado de abandono, privatização e falta de autonomia que as Universidades brasileiras vêem sofrendo nos últimos anos.
Repudiamos as medidas e ações que o Estado repressor e a mídia burguesa aliada vêem tomando em relação aos ocupantes. O Estado autorizou a invasão policial à reitoria, o que ocasionará, muito provavelmente, uma repressão violentíssima aos militantes. Dessa forma o mesmo fornece todo seu aparelho repressor para ser empregado a favor da classe dominante, contra uma luta legítima da classe trabalhadora.
A mídia burguesa, encabeçada pela Rede Bobo e seu “Jornal Nacional”, transmite à população uma imagem totalmente deturpada dos fatos. O mesmo tratamento dado aos Movimentos Sociais é fornecido aos estudantes, classificando-os como “invasores”, “vândalos” e “baderneiros”. Essa construção da Criminalização do Movimento através da falsa opinião pública é uma das principais armas empregadas pela classe dominante contra os movimentos que lutam por justiça social. É dessa forma que a mídia constrói uma forte barreira entre os movimentos combativos e a sociedade como um todo.
Esperamos que não haja repressão por parte do Estado e que as reivindicações em pauta sejam atendidas de maneira integral, a fim de contemplar os trabalhadores e estudantes. Movimento de Área de Ciências Sociais – RJ, 25/05/2007.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
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