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segunda-feira, 30 de abril de 2007

A inoperância...

Boa tarde,

Eu vi que a situação comunicativa do DARS e dos estudantes estavam com severas lacunas, provocando um desinteresse entre estudantes da base e o D.A

Por causa disso, escrevi um artigo e também coloquei o blog no ar para dar um dinamismo maior e tentar reintegrar os estudantes afastados das discussões.

Divulguei por todo o ICHF e no DA, além de colocar como assinatura de todo artigo do jornal o link para todos entrarem e comentarem sobre o jornal, seus artigos e etc.

Inicialmente vi que estavam começando a engrenar, onde o Rodrigo comentou sobre o meu artigo e a galera se animou, cada hora dando um "pitaco" na minha idéia ou na idéia de Rodrigo.

Infelizmente, foi uma efervescência muito passageira. O blog, que como coloquei no editorial, acharia que poderia colocar artigos de 3 em 3 dias, (aliás, o blog não é meu, a senha ja mandei para o grupo e qualquer um pode muito bem entrar e colocar o que quiser) mas somente concluí que será a transposição dos textos do grupo para o blog. Não que os textos não tenham um conteúdo muito bem interessante e podendo ser aproveitado, mas se esse for a real finalidade do blog, ele não terá finalidade nenhuma.

Fico desapontado quando vejo que a galera pouco se importa, ou se mobiliza para um novo canal totalmente aberto para qualquer estudante de C. Sociais.


Foi um desabafo, mas creio que a galera me faça achar que estou desenganado, como da ultima vez!!!


Robson Campaneruti

Desenvolvimento do tema "Currículo, cotidiano escolar e didática: vivências, reflexões e desafios."

O momento de crise permanente que vivemos na educação e, portanto, na nossa sociedade, é cotidianamente omitido pelos pais, professores, mídias e pelas próprias instituições aos alunos. Parece infundado o que digo, pois também cotidianamente recebemos uma carga enorme de denúncias dos mesmos sujeitos citados, tais quais: os alunos se formam sem saber escrever, os professores estão desvalorizados, os pais estão sem tempo ou desempregados, a escola não tem apoio financeiro, etc... etc... O currículo prescrito tanto nas Ciências aturais quanto nas Ciências Humanas não nos permite a relação entre escola e sociedae, a escola ou se torna vítima enquanto instituição falida, ou vilã enquanto aparelho ideológico do estado.
Concordando com Georges Snyders em "Escola, Classe e Luta de Classes", que não podemos nos prender numa inércia diante do tenebroso quadro com o qual nos deparamos, pois é nele que vivemos e trabalhamos. Nos formamos na escola (considerando a etapa universitária) e temos como nossa maior chance concreta no mercado de trabalho a escola. Como trabalhar nesta instituição sem sermos cúmplices do seu cotidiano contraditório e adiador do processo revolucionário? Enquanto professores pesquisadores, devemos fortalecer a teoria social que está por trás do nosso trabalho para que não nos enfraqueçamos num processo de auto culpabilização, ou ao contrário cairmos numa síndrome de heroísmo individual. Ou, o que acontece na maioria dos casos, numa completa despersonalização de nós mesmos enquanto ser humano e professor, e na despersonalização do outro, mais diretamente do aluno enquanto discente e também ser humano, e daí por diante também da sociedade da qual fazemos parte. Este processo pode ser caracterizado por alienação tanto dos professores quanto dos alunos. O conceito de alienação não se traduz somente enquanto condição de ignorância, como se faz entender para o senso comum, mas também como um processo de afastamento, distanciamento, de alheamento provocados quando se assumem os posicionamentos políticos. O que queremos? Nos afastar ou nos aproximar da realidade? Podemos também comprar as teorias que concordam que a realidade é algo inexistente ou "construído" subjetivamente por cada um, nesta podemos construir nossa realidade individual sem comprometimento nenhum com problemas mais coletivos. Este fenômeno vem tomando espaço de forma fatal nas "novas" abordagens que vêm se colocando no âmbito do ensino das Ciências Naturais e Humanas. Sempre invisibilizando com teores de diversidade, de depoimentos de fontes históricas não consideradas pela ciência tradicional, pelo apelo cultural às questões políticas, as "novas" abordagens vêm despolitizar nos conteúdos curriculares as tensões sociais agravadas em momentos de crise e de reconfiguração do sistema capitalista.
Ao sermos rigorosos com nossa profissão, ao nos assumirmos como intelectuais trabalhadores, já podemos pensar com discernimento e não deixar que a avalanche cotidiana varra de nossa formação o ponto de vista crítico, ou seja, aquele ponto de vista que até o senso comum reconhece quando precisamos "pensar com a cabeça fria", "pensar com sangue frio", ou "pensar com filosofia". A crise permanente da educação, não está aqui sendo abordada de forma fatalista, ou numa seqüência que busca apontar culpados, mas sim no sentido de que temos que ter claro o entendimento de que esta crise é uma crise histórica e intrínseca ao sistema capitalista, ou seja, é um fato dado de extrema relevância para reflexão e ação no plano geral da prática e também do amadurecimento da teoria social que fundamenta nossas ações.
Metodologicamente, a categoria de cotidiano por um lado surge para que encontremos um lugar e tempo palpáveis e passíveis de transformação ao nosso alcance concreto, e, portanto no dia a dia; mas também ela pode se dispersar perdendo o horizonte da necessária transformação histórica, isolando a crise escolar da totalidade de um processo maior produzido pela organização social do sistema capitalista. No cotidiano da formação de professores, nossos professores nos afogam com propostas de aula apresentando-nos novas abordagens, novas técnicas, novas fontes, etc... Assim, os problemas estruturais que envolvem a escola no âmbito social, político e econômico, se transformam numa questão didático pedagógica pura. Todos até fingem entender que as questões didático-pedagógicas estão permeadas por posicionamentos políticos e que por sua vez estão respaldados numa teoria social, mas imediatamente há um esvaziamento neste nível da formação no qual temos que ter esperteza e discernimento bastante para nós, enquanto alunos, podermos mapear qual é o verdadeiro resultado político da aula de cada professor, pois isso nos é omitido e esfumaçado no cotidiano universitário. Uma questão extremamente relevante é refletirmos sobre que consequências históricas nos trazem essas omissões no plano universitário? Imagine então que conseqüências nos trouxeram essas mesmas omissões no plano escolar, no qual o processo de formação intelectual está mais intrinsecamente ligado ao nosso processo de formação biológico?
Snyders vem admitir e apontar os erros em que caem as teorias da educação que se recusam a trabalhar com o recorte de luta de classes: mesmo as teorias que trabalham com o conceito de classe inspiradas no clássico Karl Marx, esquecem o que é primordial em sua teoria social que é o método do materialismo histórico dialético, algumas esquecem do materialismo, outras do histórico e outras do dialético. Nos primeiros escritos de Bourdieu em educação o autor que trabalha com o conceito de classe, se esquece da dialética que possibilita percebermos a possibilidade/necessidade de mudança intrínsecas às condições desvantajosas da classe não detentora dos meios de produção. Bourdieu e Passeron fazem uma minuciosa e tão espetacular crítica à escola enquanto aparelho reprodutor da classe dominante, que fecham e impossibilitam refletirmos sobre alguma resistência possível dentro desta instituição, como se a escola em si mesma fosse material de manobra. É claro que devemos considerar as futuras produções desses autores para entendermos melhor seu desenvolvimento teórico metodológico, mas este momento da obra de Bourdieu, especialmente, serve para refletirmos sobre se existe possibilidade de a instituição escolar fazer parte legítima do processo de luta ou não. Snyders na verdade não nos trás novidades e sim retoma reflexões que constantemente vão sendo colocadas de lado no cotidiano do ensino e da pesquisa, ele retoma conexões importantes para o processo de amadurecimento teórico e prático que muitas vezes não são espontaneamente esquecidas, mas sim provocadamente esquecidas.
A escola se mantém como instituição importante no processo revolucionário, não como redentora mas como parte do processo histórico num ir e vir dialético que a tem como instrumento de dominação mas também como possibilidade de luta e emergência da classe popular. Snyders nos lembra de como a escola é muito temida, e é esta dupla determinação "desvantagem justaposta a positividade" que nos possibilita ultrapassar a forma dada e aparente da escola, para sua forma histórica e necessária no contexto da sociedade capitalista.
"É preciso não esquecer, porém, que todo o esforço para conservar o "alvo final" ou a "essência' do proletariado isentos dos resíduos das e pelas relações com a existência – capitalista – conduz, em última análise, ao afastamento da compreensão da realidade, da "atividade crítica prática", a recair na dualidade utópica do sujeito e do objeto, da teoria e da pr´xis, tão certamente como o revisionismo o houvera feito."
(Georg Lukács: Sociologia. Organizador José Paulo Netto. São Paulo Ática, 1981. Coleção Grandes Cientistas Sociais. Texto destacado da parte I "Marxismo e Questões de Método na Ciência Social")
Neste destaque do texto pretende-se demonstrar que não vamos encontrar uma realidade coerente ou até mesmo esperada como pura: o proletariado seguindo espontaneamente o interesse da classe. No texto entendemos que a realidade é complexa e possível de ser verificada quanto menos isolarmos o objeto da sua totalidade histórica, pois do contrário nos depararemos com fenômenos imprevistos, impressionantes ou inexplicáveis.
Se você é um pesquisador que se espanta com o aumento da violência ou com o rápido processo de escassez dos recursos naturais como algo imprevisto, fantástico, ou sem explicação, ou ainda está preso a teoria de Thomas Malthus, que aprendemos na 5º série do Ensino Fundamental, de que vivemos uma crise por conta do aumento populacional e que a violência (as guerras), e os desastres naturais são meios naturais de contenção do excesso populacional, é um sinal de que você precisa ter maior intimidade com as Ciências Humanas, e com a História principalmente.
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Universidade Federal Fluminense – Faculdade de Educação
Curso Pós Graduação Lato Sensu em Ensino de História e Ciências Sociais
Trabalho da Disciplina Currículo, Cotidiano e Didática
Professora Maria Lúcia Oliveira
Aluna Maria Clara A. C. Fernandes

GD "SOCIOLOGIA: ENSINO E PESQUISA"

UFF –Instituto de Ciências Humanas e Filosofia
Diretório Acadêmico Raimundo Soares
Convida professores, pesquisadores e alunos
GD "SOCIOLOGIA: ENSINO E PESQUISA"
09 de Maio de 2007, Quarta Feira
Bloco N, Sala do DA de Ciências Sociais 19:00
(tem se realizado nas mesas e cadeiras do gramado)
Pasta do DA "Ensino de Sociologia"
Na última reunião conseguimos trabalhar o capítulo VI "O Ensino da Sociologia na Escola Secundária Brasileira", da primeira parte do livro "A Sociologia no Brasil" de Florestan Fernandes. Este capítulo refere-se ao I Congresso Brasileiro de Sociologia ocorrido em 1954 e Florestan Fernandes nos dá uma idéia geral das questões levantadas por outros autores como Antônio Cândido, por exemplo, sobre o ensino da Sociologia.
Questões preliminares para a reflexão foram abordadas: se a Sociologia deve ou não ser ensinada; temas característicos do Brasil; em que nível de escolaridade deve ser implementada; diagnóstico da atual situação da educação brasileira (na época); algumas sugestões práticas. É importante nos apropriarmos desse conhecimento e reflexão pois não precisamos começar nossas pesquisas do marco zero, temos uma história, temos discussões e projetos construídos, não devemos seguí-los de forma mecânica mas devemos considerá-los em nosso processo de entendimento da realidade.
Dois momentos do texto nos chamaram atenção para darmos prosseguimento na próxima reunião: o primeiro foi colocado por Antônio Cândido, sobre definirmos com clareza em que nível a reflexão sociológica será considerada – como ponto de vista, como técnica social, ou como uma ciência particular?; e o segundo refere-se as sugestões práticas elencadas por Florestan Fernandes em forma de perguntas – que funções e razões para a inclusão da Sociologia?, Que concepção de Sociologia?, Por que da introdução? Demanda Universitária? Formação de personalidades?, Que funções no contexto atual? (da época e hoje), Que alterações de ordem pedagógica para o ensino de Sociologa?, Como o curso seria dividido?
Estas questões deveriam estar presentes constantemente em nossas reflexões. Mesmo aqueles que não têm podido comparecer ou seguir devidamente as leituras sugeridas, pedimos para que se façam autores de sua prática e pesquisa, e produzam algum texto ou parágrafo abordando as questões colocadas, ou acrescentando outras. Lembramos que não buscamos respostas prontas, mas aquelas que tentam aproximar, o máximo possível, o nosso cotidiano, da totalidade e contextos sociais no qual estamos inseridos no Brasil e no mundo. Não podemos esquecer que há um grande projeto educacional imposto aos países da América Latina e Caribe para homogeneizar os currículos desses para trabalharem de comum acordo com a expansão do sistema capitalista de produção da sociedade. Fiquemos atentos às "inovações".
Aguardamos o comparecimento nesta próxima reunião e algumas reflexões.

sábado, 21 de abril de 2007

VIRAMUNDO - - - - Abril / 2007 viramundouff@gmail.com

Eis a primeira edição do Viramundo no ano de 2007. Após permanecer quase um ano no esquecimento, ele retornou em dezembro de 2006, com um novo formato numa breve edição, aonde predominavam os textos informativos acerca do que estava sendo discutido e colocado em prática no D.A. de Ciências Sociais. O mais importante naquele momento era reconstituir sua circulação; fazer com que os estudantes do nosso curso relembrassem ou mesmo tomassem conhecimento de sua existência, pois aqueles que haviam entrado recentemente sequer o tinham visto. O objetivo era incitar os estudantes a reconstruírem esse espaço de comunicação e organização constantes.
Um ou dois estudantes podem fazer duas ou três edições do Viramundo, mas estes, solitários na tarefa, jamais o tornarão aquilo que ele pode se tornar: uma ferramenta real a serviço da organização e comunicação dos estudantes.
O Viramundo, assim como o D.A. de Ciências Sociais, são de todos os alunos. Participe da construção de ambos. É preferível pecar pela ação do que pela omissão.
A tarefa de reconstrução do jornal está em curso. Esta edição é a prova disso. Bem mais densa que a anterior, contou com a colaboração de um número maior de estudantes. Cabe a nós fazermos com que seja assim daqui pra frente. OBS: Todos os textos assinados por alunos do curso correspondem exclusivamente às suas opiniões pessoais,

Esta edição traz textos dos seguintes temas:

UNE de volta para casa
Oficina de Ciências Sociais
Campesinato
Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais
Repúdio às ações da reitoria e colegiado do ICHF
Preconceitos sobre o DA
Informes, poema e outros


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Você sabia???

O nome do nosso jornal foi inspirado na canção Viramundo composta por Gilberto Gil e Capinam em 1965. Onze anos após sua composição ela deu nome ao álbum O Viramundo, do próprio Gilberto Gil.
Letra forte, com alto teor revolucionário e de conscientização. Estudantes que já se formaram tiveram a idéia de colocá-la na camisa do curso de Ciências Sociais. Isso nunca foi realizado. Ainda pode ser feito.

“Sou viramundo virado
Nas rondas da maravilha
Cortando a faca e facão
Os desatinos da vida
Gritando para assustar
A coragem da inimiga
Pulando pra não ser preso
Pelas cadeias da intriga
Prefiro ter toda a vida
A vida como inimiga
A ter na morte da vida
Minha sorte decidida
Sou viramundo virado
Pelo mundo do sertão
Mas inda viro este mundo
Em festa, trabalho e pão

Virado será o mundo
E viramundo verão
O virador deste mundo
Astuto, mau e ladrão
Ser virado pelo mundo
Que virou com certidão
Ainda viro este mundo
Em festa, trabalho e pão”

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Oficina de Ciências Sociais – 10 anos

A oficina de ciências sociais (OCS) é uma organização de estudantes que tem como objetivo capacitar o aluno para pesquisa e realização de projetos de ensino e extensão junto aos grupos dominados.
O processo de mobilização coletiva que gerou a OCS teve início no final do ano de 1997 em uma reunião realizada na sala do DA de Ciências Sociais. Esta reunião pretendia pensar alternativas para o nosso curso e para os problemas que naquela época já se colocavam – principalmente aqueles que eram conseqüência da aplicação das medidas de privatização e de subordinação da universidade à lógica de mercado. Em 1999, a Oficina de Ciências Sociais (OCS) é fundada em uma assembléia enquanto um ente jurídico – uma sociedade civil sem fins lucrativos.
A idéia que surgiu era de montar uma organização “de estudantes” e não “dos estudantes”, ou seja, não uma entidade com fins de representação formal, mas sim de articulação política /acadêmica que ao mesmo tempo encontrasse meios alternativos de inserção profissional (a visão de mera “entrada no mercado” era questionada) e de desenvolvimento de projetos de intervenção fora do âmbito da universidade – mas a partir do conhecimento gerado dentro dela. A idéia foi lançada e desencadeou uma série de discussões entre os presentes que não se esgotaram tão cedo.
No final de 1997 as discussões foram interrompidas e depois reiniciadas no inicio de 1998. No primeiro semestre deste ano uma greve irrompeu nas universidades públicas federais. Durante as assembléias de mobilização da greve a idéia da OCS foi divulgada para os alunos do curso de ciências sociais e quando a greve encerrou ao final de maio, a proposta da OCS já havia sido bem divulgada e era de conhecimento de boa parte dos estudantes. Em 1998, era lançado o documento “Ultrapassando os Muros da Universidade” que ajudava a consolidar a proposta da OCS e iniciava as discussões para formação de um estatuto.
No inicio de 1999 o estatuto ficou pronto e foi aprovado em uma assembléia amplamente divulgada para o curso. Posteriormente, a secretaria geral foi eleita em assembléia. Em junho foi realizado um GE (Grupo de Estudo) com o tema “As Ciências Sociais sob uma visão crítica”, do qual dezenas de estudantes participaram. Este grupo produziu o documento “Ciência Política e Opção de Classe” (Base teórica das Ciências Sociais). Em julho do mesmo ano foi feita uma assembléia que elaborou um Planejamento para 1999/2000 apontado como prioridade a intervenção social em três eixos – saúde pública, orçamento público e educação popular.
Mas como nem tudo eram flores, vários problemas apareceram e crises aconteceram. Muitas pessoas se afastaram e boa parte do trabalho que poderia ter sido feito ficou estagnado. Assim foi montado um GIS (Grupo de Intervenção Social) que tinha por função elaborar uma metodologia e encontrar um público que tivesse demanda para tal projeto. No final de 1999 a OCS se somou ao processo de construção da TV comunitária de Niterói – fundada em 2000. Uma experiência de trabalho de pesquisa foi desenvolvida com a Uni-Trabalho e o pólo de pesquisa composto pelos membros da OCS foi um dos que teve mais rendimento no trabalho no estado do Rio de Janeiro.
No ano de 2000 com um quadro de membros efetivos mais reduzidos, porém renovado, a OCS se dedicou ao projeto de educação popular (formação de curso de alfabetização de jovens e adultos) e ao trabalho na TV comunitária. Em agosto a TV comunitária gravou seu primeiro programa em praça pública e em outubro foi inaugurada a primeira turma de alfabetização de jovens e adultos da OCS. Esta turma era composta por moradores da comunidade do Morro do 94 (da Rua Lara Vilela) e do Morro do Palácio que se reuniam no IACS (Instituto de Artes e Comunicação Social). Funcionou até maio de 2001. Ainda foi desenvolvida na Associação de

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UNE de volta para casa
“A nossa história ninguém apaga é UNE e UBES de volta para casa”

Nestes 70 anos de vida, a UNE sempre manteve alta a bandeira da democracia, da liberdade, da defesa da educação publica e de um Brasil soberano e mais justo. Consolidou-se ao longo do tempo como uma das entidades mais importantes do cenário político nacional.
Em 1942, numa grande manifestação, os estudantes ocuparam o prédio do Clube Germânico – reduto de simpatizantes nazistas – na praia do flamengo, 132. Pouco depois o governo doava definitivamente o edifício a entidade.
O local rapidamente tornou-se referencia para os estudantes do rio de janeiro e de todo o Brasil. Ali pulsava a força da juventude, a energia transformadora da universidade e da nação. Pulsava também a transformação da Cultura e se escreveu um dos episódios mais ricos da historia da Cultura brasileira, o centro popular de cultura – o CPC da UNE.
A UNE sofreu uma interrupção de tudo isso em 1o de Abril de 1964. Ao incendiar a sede da entidade, uma das primeiras ações da ditadura militar, as forças que o apoiavam começavam a escrever uma das paginas mais tristes de nossa historia. Anos depois, já na década de 80, o antigo predio foi demolido e ocupado ilegalmente por um estacionamento.
No inicio desse ano, na bienal da UNE, os estudantes em passeata voltaram para o espaço da sua antiga sede. Retornar a sede de tantas jornadas e lutas é rever a dívida histórica de toda a sociedade com os estudantes brasileiros e um dos atos simbólicos para superar definitivamente um período tão duro para o povo desse país.
A UNE está de volta para casa. Com uma nova sede, presente do arquiteto Oscar Niemayer, e um centro cultural e um museu da memória do movimento estudantil, que vai manter sempre viva a chama da nossa luta e a perspectiva de um futuro altivo para o país.
Natália Cindra (1o período)

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Pequenas considerações sobre o papel político do campesinato

O pequeno texto aborda a questão do campesinato como sujeito político e, portanto, agente da produção do espaço geográfico. Sujeito que realiza ações políticas que podem ser direcionadas para a transformação social da sociedade. Portanto, as ações políticas dos camponeses implicam em transformação espacial, e a luta pela terra é uma das formas que o campesinato brasileiro pode se fazer presente, imprimindo nova configuração espacial ao rural. A título de esclarecimento, cabe-nos frisar que entendemos o espaço como socialmente produzido e que é “... uma estrutura criada, comparável a outras construções sociais resultantes da transformação de determinadas condições inerentes ao estar vivo, exatamente da mesma maneira que a história humana representa uma transformação social do tempo” [1].
Uma primeira consideração a ser destacada é que o campesinato foi ativo e importante elemento dos principais processos revolucionários que ocorreram durante o século XX. Não somente no século citado, bem como em momentos históricos mais longínquos, quando as Revoltas Camponesas ameaçavam a ordem do sistema dominante. Portanto, os camponeses já tiveram, tem e poderão vir a ter uma atuação política no sentido de transformação das estruturas da sociedade.
A segunda consideração a ser feita é a de que após mais de dois séculos de desenvolvimento do modo de produção capitalista no mundo, o campesinato, ainda hoje, se faz presente em grande número de países, sendo no interior destes uma importante peça das disputas políticas. No século XXI, o campesinato continua a existir e isso nos serve para questionar a validade geral das teses que interpretam o camponês como condenado à extinção e reforça a idéia de que para se pensar na transformação social devem ser levados em consideração outros sujeitos políticos pertencentes à classe dominada além dos trabalhadores urbanos, já que a tese da condução da humanidade ao Socialismo pela classe proletária é cada vez mais questionada no plano teórico e prático das lutas políticas.
A terceira consideração é que o campesinato brasileiro, desde o seu surgimento até os dias atuais, sempre conheceu a realidade da resistência e da luta pela terra, como forma de garantir a sua sobrevivência. Da territorialização dos primeiros imigrantes, à desterritorialização pelo Estado ou pelos latifúndios de suas terras, à reterritorialização em novas terras ainda não-exploradas, fez com que os camponeses vivessem num constante deslocamento espacial pelo território brasileiro, chegando até mesmo a transpor tais limites. Tais constantes deslocamentos espaciais – a diáspora do campesinato brasileiro – é uma prova de que muitos não aceitaram a realidade de se transformar em proletário nas cidades e decidiram resistir para continuarem existindo como camponeses.
Outros se proletarizaram precariamente, mas com a ascensão no cenário político das lutas por terra e reforma agrária, a partir da segunda metade do século XX, voltaram a ter esperanças em dias melhores com a conquista da terra de trabalho. O ato político da ocupação dos latifúndios é uma das formas de os camponeses brasileiros se fazerem presentes na luta por terra e na produção do espaço geográfico. As ocupações com o posterior assentamento de famílias camponesas vêm imprimindo indícios de uma nova configuração espacial ao espaço agrário brasileiro, que é historicamente marcado pela concentração de terras de um lado e pobreza do outro. Para que tais indícios de modificações das velhas estruturas do rural brasileiro se disseminem por grande parte do território brasileiro, dependemos fundamentalmente do sucesso das lutas que vêm sendo travadas pelos camponeses sem-terra que ocupam os latifúndios, dos trabalhadores assentados que buscam tornar possível a manutenção dos assentamentos (ALENTEJANO, 2000), bem como de uma transformação revolucionária das estruturas da sociedade, que envolva neste processo de construção, os trabalhadores urbanos e rurais e os excluídos que estão à margem da sociedade capitalista.
Portanto, em um momento em que muito se fala sobre o “fim da história”, resgatar e sublinhar o papel revolucionário do camponês ao longo da história da humanidade se faz de grande importância, visto que no final do século XX, grande número de teóricos, insiste que não há vida para o camponês a não ser como agricultor familiar inserido na lógica capitalista. Assim, tal posicionamento tem a clara intenção de esvaziar o sentido político das lutas empreendidas pelos camponeses.
[1] SOJA, 1993: 101-102.

Maycon Cardoso Berriel (1o período)
Maiores detalhes fazer contato através de: mayconberriel@yahoo.com.br

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Reitoria e departamentos: Exploradores e reprodutores do sistema!

Há muito tempo a Universidade Federal Fluminense apresenta sinais de abandono, tanto no que diz respeito a sua estrutura, como também no atendimento às demandas estudantis e dos trabalhadores.
Em relação à estrutura a percepção é nítida: prédios caindo aos pedaços, banheiros sem um mínimo de conservação (falta papel higiênico, mictórios e vasos sanitários quebrados, torneiras que não funcionam...), o que acarreta uma total falta de higiene. Salas sem ventiladores, o que as torna insuportável nos dias quentes, sistema elétrico em péssimas condições, bebedouros que não funcionam, falta d’água toda semana...
Quanto às demandas estudantis, temos a biblioteca com uma enorme carência de livros, principalmente os mais novos, além do não funcionamento do ar-condicionado há mais de um ano; apenas um restaurante universitário em funcionamento, provocando filas enormes e elevando o tempo de espera para mais de uma hora no período do almoço, sem contar a péssima qualidade da comida devido à escassez de recursos; a moradia estudantil, aprovada faz tempo pelo Conselho Universitário, ainda não saiu do papel, impossibilitando o estudante de baixa renda de morar perto ou na universidade e fazendo com que o mesmo gaste muito do seu parco dinheiro com transporte, uma vez que esse tem seus valores muito altos, acima do que o trabalhador/estudante pode gastar; faltam bolsas para os estudantes e as que ainda são oferecidas estão com valores muito baixos, o que faz do estudante mão-de-obra qualificada e praticamente de graça, um prato cheio para os exploradores de plantão.
Aos trabalhadores faltam condições de trabalho, aumento salarial (para se ter uma idéia, os funcionários da biblioteca não recebem há três meses), concursos para novos funcionários, principalmente para os terceirizados que já trabalham na universidade, o que demonstra uma maior entrada do setor privado no setor público. A faculdade é pública, conseqüentemente os serviços têm que ser públicos! Fora iniciativa privada!
Cada vez é maior a presença dos cursos pagos na universidade (o que já faz parte da reforma universitária), como ocorre na História; fundações privadas injetando dinheiro para projetos do seu interesse, exemplos: FEC (Fundação Euclides da Cunha), Prolen na Letras, prédio de inteligência artificial na Geografia, financiado pela Petrobrás, etc.
Nesse contexto, a gestão atual da reitoria, muito mais conservadora do que a anterior, os departamentos e a maioria dos professores permitem e reproduzem esse cenário colocado acima. Um exemplo disso é a construção de uma cafeteria (apelidada pelos estudantes na última
assembléia de Gigabyte) no bloco N, orçada em R$ 35.000, autorizada pela reitoria, com aprovação dos departamentos do ICHF.
Todas essas coisas acontecem e são permitidas por quem controla a Universidade. Não podemos esperar que a reitoria, departamentos e a maioria dos professores façam alguma coisa e venham aderir às nossas lutas, porque eles fazem parte da banda podre, estão do lado do governo, empresários, ou seja, da classe exploradora que mantêm e reproduz o sistema. Afinal, o que é a academia?
É preciso que nós estudantes nos mobilizemos, organizemos e partamos para a luta. Sem medo de represálias, pois qualquer mudança pressupõe um choque de interesses. Temos que parar a universidade, fazendo atos, paralisações através de piquetes, ações diretas, pois do jeito que está não dá para estudar!

Felipe Garcia das Neves – Dread (4°período)

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A Desconstrução de uma idéia preconceituosa e vamos à luta no D.A.

Atualmente o DARS – entidade organizada pelos estudantes do curso para reivindicar a democratização da UFF – está passando por um momento cauteloso. Progressivamente houve um esvaziamento significativo nas reuniões e nas atividades ligadas ao Diretório.
Existem contextos históricos e políticos para isso, como por exemplo, a crise na esquerda (principalmente a combativa) brasileira e mundial como um todo, tendo como efeito o desinteresse e também um distanciamento programático entre os diversos segmentos que a compõe e a base do curso.
Porém, neste meu artigo, darei um enfoque mais específico no aspecto problematizado, fazendo uma análise, mesmo que parcial e ensaística da “cultura” de uma parcela significativa d@s estudantes.
Por isso me deparo com os pré-conceitos que esses estudantes apresentam em relação aos participantes do D.A. Um deles é que o D.A é um grupo fechado e segregador, onde a socialização do espaço é amplamente restrita a uma “patota de amigos” e que a inserção nesse grupo vai ser marginalizada.
Essa abordagem, geralmente feita em discursos rotulantes, onde se diz que não há espaço para os “outros” é muito comum. Julga-se que haverá um estranhamento por parte do grupo já atuante no D.A quando alguém “diferente” deste tenta se aproximar e a impressão inicial que vai se passar é um certo ar de superioridade teórica e de discurso, graças sua maior permanência na UFF. Outro ponto usado por esses estudantes é a transformação do discurso que “o DA é de todos” em clichê. Dizem que é só fachada e reiteram a afirmação dita acima.
Eu fui um desses pré-julgadores, achando que ali não teria voz nem espaço, e que mesmo tendo um motivo, ainda que ilusório, de nada adiantaria tentar me impor dentro do espaço do D.A.
Gradativamente, fui me aproximando da chamada “patota” que eu pré-julgava. Os conceitos descritos acima que eu também usava para rotular e se afastar (e ainda parecem serem usados por outros sujeitos) do grupo que compõe o D.A., foram sendo suprimidos e superados. Percebi que existe um debate substancial e o mais interessante é que minhas idéias são ouvidas, discutidas e reiteradas, dando um contorno mais rico na construção das deliberações.
A estrutura de organização do D.A contribui para isso. Ao contrário de vários D.A’s em que certos integrantes de partidos se atrelam e começam a dominar as reuniões e controlar as pautas de discussão, existe uma autonomia perante qualquer ideologia política e, posso dizer, uma “democracia direta e plural” que contribui para uma inserção em vários segmentos e várias discussões correntes no movimento estudantil e outras de suma importância para uma construção alternativa de sociedade.
Com isso, posso concluir que esse meu estranhamento perante o D.A retardou minha entrada. Porém, posso dizer que esse pré-julgamento tem e deve ser descartado por tod@s, pois além de enriquecer mais o debate, ao mesmo tempo fortalece a luta por uma universidade antes de tudo democrática, plural, pública e principalmente de qualidade.
O D.A está de portas abertas tanto para os “calouros” quanto para os “veteranos” relutantes em ajudar a construir uma organização que beneficie a tod@s. Esse relato pessoal é um convite para tod@s se mobilizarem e começarem a participar do D.A, renovando nosso espaço, reaproximando @s estudantes das nossas lutas e também dando uma maior integração ao curso. Uma integração humana, não só acadêmica.

Robson Campaneruti da Silva (5º período).

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POEMA

“Os óculos solares”

Sob as lentes escuras do óculos de sol
A sujeição de uma camuflagem
Dizem que os olhos são janelas d’alma
Portanto os óculos retiram a liberdade desta?

A máscara infligida no cotidiano
Almas tristes, confusas ou incoerentes...
Tampam a dor numa séria serenidade
Ou o esplendor dos seus sonhos.

Os indivíduos vêm e vão constantes
Numa inconstância incontestável
Se tampam a luz dos seus olhos cintilantes
Não estão também obscurecendo seus sonhos?

Quem sou eu para adivinhar os pensamentos?
Se também escondo minha alma.
Não sei se inconscientemente estou nesta mesma lógica
Ou se é para ofuscar a luz numa treva individual.

Robson Campaneruti da Silva (5°período)

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Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais UFF de 29/07 a 04/08

O Encontro Nacional é o mais importante espaço que têm os estudantes da graduação para buscar o intercâmbio entre as diferentes escolas pelo país, trocando informações e experiências locais – na medida em que cada Universidade encontra maneiras peculiares de lidar com questões semelhantes ou diversas, criando redes de relações e interesses permanentes que possam criar ações e intervenções efetivas na realidade.
Entre os dias 29 de julho a 04 de agosto, a UFF sediará o XXII Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais (ENECS), que tratará do tema “Pra que Servem as Ciências Sociais?”, com o objetivo de debater a relação entre o poder e a ciência, problematizando a produção científica constituída historicamente; assim como as relações entre os conceitos e teorias criados pela ciência e a forma como se transformam em instrumentos de poder utilizados para legitimar determinadas visões de mundo.
A escolha da UFF como escola-sede é fruto de um longo processo de discussão sobre a organização do movimento de área estudantil das ciências sociais, iniciado logo após o ENECS Brasília de 2003, no qual houve um grande descontentamento por parte de muitos estudantes e escolas - incluindo a delegação da UFF - com os rumos que estavam sendo tomados no movimento de área e os encaminhamentos de sua plenária final.
Nesse Encontro reacendeu-se o debate acerca da função e do papel que deveria exercer uma organização entre os estudantes de ciências sociais a nível nacional, na época representada por uma Federação, a FEMECS – Federação do Movimento Estudantil de Ciências Sociais; uma entidade que se encontrava verticalizada, “vanguardista” e com sua estrutura totalmente ineficiente, tanto em questões políticas, quanto acadêmicas e de integração nacional. Os conflitos culminaram então num processo gradual de dissolução da FEMECS, até a sua total desintegração.
A partir disso, se inicia entre estudantes da UFF um Grupo de Discussão de Movimento de Área[2] , com o intuito de debater a organização de um movimento estudantil de área em ciências sociais, propondo ações e buscando formas de organização local e nacional. E como alternativa à tentativa frustrada de criação de uma federação dos estudantes de ciências sociais, inicia-se um movimento de área local em conjunto com alunos pertencentes às diversas escolas do estado do Rio de Janeiro.
O marco inicial deste movimento foi o I Encontro Fluminense de Estudantes de Ciências Sociais (EFECS), realizado na UFF em 2004 com a participação de alunos provenientes da UFRJ, UCAM, UERJ e da UFF. Neste primeiro encontro - que levou o nome “Alternativas para um Movimento Estudantil Renovado: interações e práticas cotidianas em busca de outras realidades” - foram discutidas alternativas não só para a organização dos alunos de Ciências Sociais do estado do Rio, mas também para alteração da realidade social, através do conhecimento adquirido no curso.
Posteriormente, foram realizadas outras reuniões de movimento de área, que tiveram a participação de alunos oriundos das mesmas escolas participantes do primeiro EFECS. Nessas reuniões idealizou-se o II EFECS, com uma proposta similar àquela apresentada no primeiro, porém tendo como objetivo principal o estabelecimento de comunicação e interação entre os alunos de Ciências Sociais do estado. O II EFECS foi, também, realizado na UFF em 2006. Teve o nome “Alternativas para um Movimento Estudantil Renovado: ação para transformação da realidade social”. O objetivo parece ter sido alcançado, já que tivemos a
participação de todas as escolas de ciências sociais do estado, exceto a PUC. Tivemos ainda a participação de alunos de duas escolas de São Paulo e de filosofia e história da FAFICH. Neste II EFECS, foi vislumbrada a possibilidade de realização do Encontro Nacional de Estudantes de Ciências Sociais (ENECS), devido ao acúmulo de discussão que as reuniões de movimento de área propiciaram.
Além disso, a dinâmica que definia a escolha das escolas-sede sugeria um rodízio entre as regiões que seriam responsáveis pela construção do ENECS, mesmo que, por diversos motivos, os encontros não ocorressem anualmente: Recife/NE em 2001, Brasília/CO em 2003, Manaus/NO em 2005, Porto Alegre/S 2006 até que finalmente alguma escola no Sudeste tomasse a iniciativa de sediá-lo em 2007. Por isso a decisão de se trazer o próximo Encontro para o RJ foi tomada na Reunião Final do XXI ENECS realizado em Porto Alegre.
A Organização do Encontro é formada por um grupo de estudantes quem vêm participando ativamente do movimento de área nas mais diversas escolas do Rio de Janeiro. Desde então, alunos da UFF, UCAM, UERJ, UFRJ, FEUC, PUC, e FGV vêm tomando parte na Comissão Organizadora, atualmente subdividida em cinco coordenações abertas à participação de todos os estudantes de ciências sociais, das quais: cultura e eventos, estrutural, acadêmica, comunicação e finanças.
A organização de um Encontro Nacional não é das tarefas mais fáceis, principalmente quando se projeta a presença de mil pessoas oriundos de escolas de todo país. O Encontro deve fornecer estruturas de alojamento, alimentação, segurança, lixo, programação acadêmica, atividades culturais, debates políticos e mais uma série de elementos e detalhes importantes que compõem a estrutura organizativa de um encontro de grande porte.
Portanto, não só convocamos como contamos com o apoio de todos aqueles estudantes de Ciências Sociais interessados em participar ativamente da construção do XXII ENECS da UFF. O momento é de meter a mão na massa, ajudar nas tarefas e propor idéias, oficinas, atividades, etc. Fiquem ligados na divulgação das reuniões, seja em cartazes, no mural de Ciências Sociais no térreo do Bloco N, ou através de listas de e-mails e outras fontes virtuais.

[2] Dá-se o nome “movimento de área” à tentativa de interação e discussão de assuntos pertinentes aos alunos de ciências sociais.


Próxima Reunião Geral:
Dia 24/04, quarta-feira
às 17:00 horas
UFF, sala do D.A. de ciências sociais.



Listas de discussão: enecs2007rj@yahoogrupos.com.br, csrio@grupos.com.br

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D.A. de Ciências Sociais: PRESENTE!

· 28 de março - Manifestação pelo passe livre, organizada por diversas entidades estudantis reuniu mais de quatro mil estudantes. A passeata saiu da candelária em direção ao tribunal de justiça. Grupo de estudantes combativos arremessaram pedras ao tribunal. A policia iniciou uma repressão. Posteriormente os estudantes bloquearam a rua primeiro de março. A tropa de choque foi chamada. Estudantes da UBES, AERJ, UNE e CONLUTE pediram a saída dos estudantes da rua, porem, os estudantes combativos se entrincheiraram na rua da assembléia, quebrando as vidraças dos bancos, ônibus da policia e um carro da Rede Globo. Instituições que representam a classe dominante. As barricadas fecham ruas e abrem caminhos!

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Agenda:

25/04 - Dia nacional de luta pela educação.
10:00 horas – Largo do Machado, Rio de Janeiro.
Ato puxado pelo SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação)

03/05 e 05/06 - Debate sobre o CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas)
Sala e horário ainda será divulgado
Debate puxado pela coordenação de movimento estudantil

13/06 - Assembléia extraordinária de ciências sociais
Pauta: filiação ao CONLUTAS (plebiscito ou assembléia)
Assembléia puxado pela coordenação de movimento estudantil

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Agenda Cultural:

25/04 – 1o Cine OCS
18 horas – sala 207, Bloco O.
Exibição do filme SACCO E VANZETTI do diretor italiano Giuliano Montaldo, de 1971
Sinopse: Sacco & Vanzetti, um dos melhores filmes do cinema político italiano dos anos 70. Apoiado na canção tema de Joan Baez e Ennio Morricone, o cineasta Giuliano Montaldo (Giordano Bruno) reconstitui a história real dos imigrantes italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, acusados de assassinato e levados a julgamento em 1921, nos Estados Unidos. Por serem anarquistas, são condenados à morte num dos mais famosos erros judiciais do século XX. Nos anos seguintes, a luta pela anulação da sentença leva milhares de pessoas às ruas em todo o mundo. O filme foi proibido no Brasil durante a ditadura militar.

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Informes Internacionais:
Grécia

Estudantes universitárias e secundaristas ocuparam as universidades da Grécia protestando contra a reforma universitária de cunho liberal, encaminhada pelo partido democrata (Liberal Conservador)

França

Na ultima semana um estudante imigrante foi agredido (braço quebrado) por policiais ao pular a catraca da estação do metro “Gare du Nord” em conseqüência disso, os estudantes e trabalhadores presentes no local, promoveram uma rebelião na estação queimando lojas e atacando os policiais.

Argentina

Caminhoneiros da cervejaria Quilmes (Ambev), fizeram uma greve contra as demissões programadas pela multinacional belgo-brasileira. Também na Argentina, foi realizada uma greve geral em razão da morte de um professor durante a manifestação pela educação.

Chile

Estudantes secundaristas protestaram na capital Santiago por melhorias no sistema educacional do país. Grupos de estudantes estavam armados, enfrentando a tropa de choque da policia. Cerca de cem estudantes foram presos.

Para maiores informações, consultar:

www.midiaindependente.org - www.anarkismo.net - www.rebelion.org

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Nota de Congratulação:

Parabenizamos todos aqueles que tiveram alguma participação na conquista inédita e incontestável do 2° Campeonato de Futebol da UFF, que reuniu 40 equipes dos mais diversos cursos que a faculdade oferece. Derrubando todas as previsões que apontavam os cursos de engenharia como favoritos ao caneco, a equipe de Ciências Sociais, muito bem organizada do ponto de vista tático, com amplos recursos técnicos e um empenho que foi o catalisador do título, não vacilou em momento algum. Resultado: 4 x 2 na partida final. Faixa no peito e Taça no Armário do D.A. Que venham novas conquistas!


Quem disse que FUTEBOL no ICHF não leva a lugar nenhum? Maceió 2007: quem foi, foi...

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Piada por piada...
Carta de reiteração à deliberação do ICHF!

Senhores professores,

A universidade passa por um momento maravilhoso. Temos uma ótima biblioteca, comparável a do senado americano, quiçá do Vaticano. O acervo chega a ser maior do que a de Alexandria. Podemos ainda nos gabar de termos excelentes quartos na nossa moradia estudantil, muito bem localizada, tendo uma aprazível vista para a baía mais bela do mundo, a ponto dos moradores de Camboínhas e da Praia de Icaraí ficarem com inveja. A Sorbonne disse que é covardia.
Se não bastasse, ainda temos um verdadeiro banquete duas vezes ao dia, com sucos, sobremesas, saladas e os mais diversos pratos. O que justifica o fato dos executivos da ampla, em algumas ocasiões, fazerem suas refeições diárias em nosso restaurante universitário. No final da refeição, nos deleitamos com um saboroso, aromático e encorpado cafezinho, tipo exportação (extraforte).
Não esqueçamos das nossas maravilhosas salas de aula, além do fato de todos os estudantes terem bolsas de pesquisa, extensão e monitoria. A situação é tão favorável que a principal preocupação e discussão entre nossos professores é decidir sobre a construção de uma cafeteria. Em qual local aprazível e possuidor da mais bela vista da enseada do Gragoatá ela será erguida? A concessão da cefeteria será dada à Starbucks ou ao McCafé?
Dessa forma, estamos imensamente satisfeitos com as atitudes do colegiado e com os serviços prestados à nossa idílica Universidade.

Saudações,

Comitê Central da Organização Internacional Combativa, Revolucionária, Camponesa, Operária e Estudantil, Anarco-Malucada.

OBS: A situação é séria. Em uma Universidade sem moradia estudantil, com biblioteca em péssimas condições e com um restaurante universitário de péssima qualidade, direcionar R$ 35.000 para a construção de uma cafeteria “em local aprazível e com uma bela vista” só pode ser encarado como piada, blasfêmia, chacota, mentirinha, kaô kaô, 1° de Abril, ou qualquer outra expressão da mesma natureza.

PERMANECER NESSA SITUAÇÃO NÃO DÁ MAIS!!!
OCUPAÇÃO DO ICHF JÁ!!!
EXIGIMOS SANIDADE MENTAL DOS PROFESSORES!!!

O novo blog do jornal!!!

Olá galera

Devido as sugestões dadas pelos alunos que entraram agora, foi elaborado o blog do Jornal VIRAMUNDO, elaborado pelos estudantes de Ciências Sociais.

A edição de 2007 saiu agora em abril. Porém com o blog, as edições ficarão mais dinâmicas e também os estudantes terão um canal mais rápido e direto para contribuir com o nosso Jornal.

Colocarei a última edição e as pessoas poderão comentar sobre cada artigo, podendo assim o autor responder na próxima edição ou então outra pessoa escreve um artigo contrapondo ou reiterando a idéia proposta.

Tentarei colocar os artigos num intervalo curto, provavelmente o blog deverá ser atualizado de 3 em 3 dias. Sei que não dará para colocar todos os artigos no jornal por causa de falta de espaço no próprio impresso, então proponho ter uma seleção dos mais pertinentes ou os que apresentam destaque.

Aqui está!!! DARS pelo blog do VIRAMUNDO entrando na era da comunicação virtual dinâmica!


Um forte abraço a todos e que venham as contribuições!


Robson Campaneruti.